segunda-feira, 14 de julho de 2008

ATITUDE INTERIOR

Se dedico agora todo um capítulo à atitude do terapeuta, seja ela interior ou exterior, é porque essa atitude vai ter um papel de grande importância na execução do tratamento. É fácil entender que tratamentos voltados para os corpos sutis exigem de quem os dispensa o alinhamento de seus atos, pensamentos e palavras, a fim de que, como sucede com um vaso de cristal, as energias que o atravessam não sejam limitadas e até mesmo obstruídas por escórias que só fariam retardar a passagem da luz. A qualidade do tratamento dispensado vai depender da nossa qualidade enquanto seres no momento da nossa ação, pois ninguém pode atuar como terapeuta se não tentou trabalhar a si mesmo e purificar-se das próprias escórias. Isso não significa, de modo algum, que é preciso ser perfeito para poder dispensar esse tipo de tratamento. Seria muita pretensão de minha parte julgar ter resolvido todos os meus "problemas", mas é certo que, de vida em vida, um dos meus objetivos foi sempre o de conseguir que meus diferentes corpos estivessem suficientemente sintonizados entre si para servirem de canal às energias de luz que sempre presidem qualquer tratamento. Embora antes da época dos essênios eu já tivesse conhecimento dos tratamentos, refiro-me aos de dois mil anos atrás porque os ensinamentos dessa época são de grande precisão e Jesus, um dos meus maiores professores. Jesus fazia uma grande diferença entre os mágicos e os enamorados do Amor. Os "milagres" realizados por estes e por aqueles pareciam idênticos, mas nos planos sutis a diferença era grande, pois a compreensão da Vida estabelecia-lhes a qualidade. Ele nos dizia, com relação à materialização de objetos, basicamente o seguinte: "Existem duas maneiras de realizar os fatos a que nos referimos... Para a maioria dos seres, a diferença é nula, pois seus olhos de carne não captam senão os efeitos... Os mágicos projetam os raios de sua alma até o objeto de sua avidez, fazem-no sofrer uma transformação e trazem-no para o lugar onde se encontram... Eu porém dos digo: aquele que cria o faz por amor, aquele que se apropria do já criado opera pelo desejo. "O desejo vos destruirá se não estiverdes atentos. Ele vos força a tomar sem dar nada em troca. As leis do Sem Nome são inversas às que vós estabelecestes sobre a Terra, meus Irmãos; aquele que colhe sem nada distribuir não pode senão empobrecer-se inexoravelmente... Assim, eu não vos proponho o poder, mas a compreensão. Compreender é amar. " Se faço menção a essas palavras no capítulo das atitudes é para que se entenda melhor o que pode ser o "desejo" do terapeuta e para que não sejamos mágicos-terapeutas, mas orientadores amorosos.

Nenhum comentário: